Devaneios
2h da manhã, sinto me mais leve do que devia.
Nem sei ao certo se devia por em palavras o que me vai na cabeça mas sinto que os pensamentos se tornam venenosos para os guardar em mim neste momento.
As vezes penso demais na forma como devo falar quando na verdade o que mais quero é falar as coisas de forma crua, sem rodeios, sem paninhos.
Pergunto me todos os dias, porquê caralho estou sempre a isolar me?
"Não devia dizer palavrões", "não devia dizer o que penso, só arranjo problemas", "há coisas piores, o que sinto não é nada"... "não faças nada do que te possas arrepender daqui ha um ano"
Patética.
E assim vou seguinto dia a dia, a calar todas as questões por responder, por afirmar, por argumentar e para quê? Para criar uma Patrícia sem voz, sem opinião, a imagem que me vem a cabeça é de uma Patrícia de joelhos, sem boca e sem alma nos olhos.
Passei os últimos 10 meses com pouco ou nenhum tempo para pensar. Pensar só, ocupo o tempo com coisas que não me permitem pensar, pensar como me sinto, pensar sobre coisas comuns, como o que quero, o que me faz feliz ou o que não preciso na minha vida ou até como me sinto sobre certos assuntos.
Mas a verdade é que não posso culpar ninguém por isso, a culpa é inteiramente minha.
A tentação de ficar até de madrugada a contemplar a vida é estupidamente grande.
Será que vou retirar algo bom disso ou simplesmente vou entrar numa espiral negativa?...
Irá ser sempre uma incógnita.
E é aqui que entra a realidade, o meu filho, não é um alarme que possa adiar amanhã de manhã.
Até a próxima.
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